Resenha: A menina que roubava livros

A menina que roubava livros consiste em uma história narrada pela própria Morte. Retrata um romance  que com muita veemência destaca os horrores ocorridos na Segunda Guerra Mundial.

 Liesel - personagem principal -, perdeu seu irmão mais novo, e sua mãe biológica foi levada embora pela polícia alemã, não se sabe o motivo. Ela foi deixada na casa do Sr. e da Sra. Hubermann, os quais aceitaram cuidar dela e fornecer-lhe o que seria necessário, dentro do possível. 

"Eu tento ignorar, mas sei que tudo isso começou com o trem, a neve e meu irmão tossindo. Roubei meu primeiro livro naquele dia.
Era o um manual para cavar sepulturas, e eu o roubei quando estava a caminho da rua Himmel.”

De início, Hans Hubermann - pai adotivo - foi o mais receptivo e amoroso com Liesel; pois nas suas primeiras noites, a garota tinha pesadelos constantes e acordava com frequência. Hans, passou a sentar-se ao seu lado e ali ficava até o amanhecer. No dia seguinte, saia para pintar - pois era seu trabalho - e à noite tocava acordeão, seja por diversão ou a trabalho. 

Rosa Hubermman - mãe adotiva - tinha um jeito grosseiro de falar, porém amava Liesel, tinha-a como uma filha. Ela ajudava em casa com as lavagens de roupa da mãe e depois disto, ia à escola. 

O melhor amigo de Liesel é Rudy, seu vizinho. Ao longo da história conhecemos também Max, um judeu que recebe apoio dos Hubermann. Com seus cabelos que parecem penas ele se torna um grande amigo de Liesel. Eles possuem muitas coisas em comum, o que acaba criando um laço muito forte entre eles. 

Com a aparição de Max, percebemos que algo ocorreu com Liesel, vemos que ela não é mais aquela garotinha ingênua de antes, e quase podemos afirmar que ela descobre a sensação de gostar de alguém. 

À medida que os anos passam a rua Himmel é cada vez mais ameaçada por bombas atômicas, e isso é o que preocupa os Hubermann. Todos refugiam-se em um porão profundo na casa de um vizinho, até que o bombardeio acabe. Nestes dias, Liesel lia e entretia a vizinhança, fazendo-os esquecer de que uma guerra estava acontecendo. 

O livro nos trás uma aventura e nos comove bastante. Há muitos acontecimentos aqui não revelados, que deixarei para vocês mesmos descobrirem! O que não me agradou muito foi o ritmo com que a história se passou, foi bem lento. Entretanto, essa demora toda foi bem recompensada. Confesso que chorei muito e mudei todo o meu ponto de vista sobre o que tinha lido até então. 

"Pode alguém roubar a felicidade? Ou será que ela é apenas mais um infernal truque interno dos seres humanos?"

Espero que aproveitem, e boa leitura!

Avaliação: ★ ★ ★ ★ 

- Larissa M.